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Genealogista que pesquisa famílias pioneiras em Uberaba-MG, Franca-SP, Penápolis-SP, Candeias-MG, Famílias portuguesas no Brasil

Bem vindo genealogistas e famílias uberabenses e francanas!


Colobarem conosco acrescentando informações sobre as famílias:

alves portela, paiva, peres, leme, corte belo, faleiros, homem da silveira, nascimento, garcia lopes, gonçalves valim, valim de melo, nogueira, alves de guimarães, moreira de meireles, gomes moreira, assunção, silva e oliveira, silva diniz, silva de oliveira, silva cardoso, carrilho de castro, bernardes da silveira, alves gondim, rodrigues gondim, sales gomides, peixoto leal, sousa lima, pereira do lago, fernandes do vale, george, leitão e joão.

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domingo, 29 de junho de 2008

capitao domingos da silva e oliveira

48. Domingos da Silva e Oliveira. N. em Santo Antônio da Casa Branca, atual Glaura, no Município de Ouro Preto (MG), onde casou com Rita Constância Cardoso. Fazendeiro. Recebeu esmerada educação. (( Exerceu em Santo Antônio de Casa Branca o cargo de Juiz de Órfãos)).

Posteriormente, viveu em no Julgado de Nossa Senhora do Desterro do Desemboque, Capitania de Goiás, denominação reduzida em 1923 para Desemboque, hoje distrito do Município de Sacramento (MG), onde foi comissionado Juiz do Julgado do Desemboque que compreendia todo o Triângulo Mineiro, e agraciado com o nascimento de cinco de seus filhos. Não teve filhos de 1813 a 1816, numa época que fora assassinado seu irmão em Trairas -GO, Capitão General José Manoel da Silva e Oliveira, tetravô de Fernando Henrique Cardoso.

Em 2-MAR-1818, Domingos recebeu sesmaria na Parada do Ribeirão da Cachoeira, no Distrito de São Carlos de Jacuí, atual Município de Jacuí (MG).

Irmão do fundador de Uberaba (MG), o Sargento-Mor Antônio Eustáquio da Silva e Oliveira, que foi nomeado pelo Governador Provincial, em 27-OUT-1809, para as funções de Comandante Regente dos Sertões da Farinha Podre. Por ato de 3-FEV-1811, Antônio Eustáquio passou a ser, também, Comandante do Distrito e Curador dos Índios, sendo inclusive encarregado de zelar pela segurança dos colonos que estavam se instalando naquela região.

Farinha Podre era a denominação dada a toda a zona do Triângulo Mineiro. Anos depois da morte de Rita, sua esposa, golpe que muito o abateu, Domingos decidiu casar-se com Francisca de Sales Gomides.

Após o nascimento do primeiro filho oriundo do segundo matrimônio, que foi João da Silva e Oliveira, resolveu transferir-se para o Sertão da Farinha Podre, onde já se encontravam os irmãos Major Antônio Eustáquio e Joaquim. A ele, como companheiro de todas as horas do irmão Antônio Eustáquio, coube a tarefa de conduzir os destinos da povoação na sua marcha para a conquista da segunda etapa do sonho que vinham acalentando.

Assim, pôde construir em 1836, às custas da população, o 1º prédio da Câmara Municipal de Uberaba, cuja instalação se deu no dia 7-JAN-1837, sob a presidência de Domingos, o Vereador mais votado para aquela Casa. No mesmo prédio funcionou, também, a Cadeia Pública, juntamente com a Câmara Municipal, o Fórum e os Correios.

Sua luta certamente contribuiu para a transformação da terra inóspita que encontrou na atual Uberaba, que tem merecido os títulos de Princesa do Sertão e Capital do Triângulo. Continuou exercendo, cumulativamente, os cargos de Juiz de Órfãos e Juiz Municipal. Tinha grande popularidade e era muito acatado e político de grande prestígio na região.

Filhos: Francisco da Silva e Oliveira, José Alexandre da Silva e Oliveira, Rita de Cássia da Silva e Oliveira, Maria da Silva e Oliveira, Luís da Silva e Oliveira (do primeiro casamento)

e João Domingos da Silva e Oliveira, Teresa Eusébia da Silva e Oliveira, Capitão Domingos da Silva e Oliveira, Senhorinha da Silva e Oliveira, José Joaquim da Silva e Oliveira, Francisco Gualberto da Silva e Oliveira e Maria Rita da Silva e Oliveira (do segundo casamento).

Teve um filho natural com Maria do Carmo Pacheco.

O Capitão Domingos, nos últimos anos de vida, trajava-se, em certos dias, à moda de Luís XV, ou seja, com calção de veludo, capa, espada e chapéu de penas, que era a indumentária própria das pessoas categorizadas da época. Faleceu em 7-AGO-1852 em Uberaba (MG). Eis os termos de seu testamento:


“Eu Domingos da Silva e Oliveira, abaixo assinado, estando no meu perfeito juízo, sem mais temendo a morte que partilha com todos, resolvi fazer e como é justo faço o testamento da maneira seguinte. – Declaro que sou Católico Romano natural da Freguesia de Santo Antônio da Casa Branca do Bispado de Mariana, e filho legítimo do Sargento-Mor João da Silva e Oliveira e de Dona Joana Francisca de Paiva, ambos falecidos. Declaro que fui casado em face da Igreja com Dona Rita Constância da Silva e Oliveira, de quem tive os seguintes filhos: Francisco José, Rita, que foi casada com Raimundo Soares de Azevedo, Maria, que foi casada com José Lourenço de Araújo, Luís, único existente. Declaro que passado o tempo de prazo de meu primeiro matrimônio fui casado canonicamente com Dona Francisca de Sales Gomide, já falecida; deste matrimônio tive os seguintes filhos: João, Teresa, que se acha casada com José da Cunha Peixoto Leal, Domingos, Senhorinha, José, Francisco e Maria Rita, os quais todos ainda existentes; do primeiro matrimônio que são Luís, por si, Raimundo, como sucessor de sua mãe Rita, e Rita e Maria, como sucessoras de sua mãe. São meus herdeiros, como tais os instituo. Declaro que depois do falecimento oda minha primeira mulher a todos os seus herdeiros a quem lhes coube de herança, ficavam intimados a nada herdarem mais de meu filho Francisco, nem de meu filho José, porque estes me ficaram devendo mais do que possuíam, obrigados a dar à mulher do último por nome Iria um porco e esse por tudo. Outros, assim como declaro no Livro de Razão às folhas trinta e nove. Declaro que à minha filha Rita quando se casou com Raimundo Soares de Azevedo dei de dote a quantia de quatrocentos mil réis em notas. Declaro que instituo meus testamenteiros em primeiro lugar nosso sobrinho João Quintino Teixeira, em segundo lugar meu genro José da Cunha Peixoto Leal e em terceiro lugar meu filho Luís da Silva e Oliveira, e ao que me aceitar, deixo além de documentos mais de um ano para contestar. Declaro que sou Irmão Remido de São Francisco, na vila Tamanduá, e falecendo quero ter a mortalha no hábito de que usam os velhos confrades, acompanhado com decência, sem pompas, pelo Pároco e nossos sacerdotes que me assistirem, logo que me livrarem das minhas culpas presentes. Declaro que meu testamenteiro mandará dizer cem missas a saber: cinqüenta por minha alma, vinte e cinco por alma de minhas duas mulheres, vinte e cinco por alma de nossos filhos já falecidos. Declaro que deixo para as obras ou alfaias da Igreja Matriz desta Vila cem mil réis. Declaro que deixo ao meu filho Domingos seiscentos mil reis, mais seiscentos mil réis no caso de continuar seus estudos, para assemelhar coadjuvantes, do contrário esta linha não terá valor. Declaro que dei ao Antônio Cesário e Maria Cândida duzentos e quarenta mil réis. Declaro que deixo forra a minha escrava Felipa pelos serviços que me tem feito. Declaro que os bens que possuo são a Fazenda da Conquista com escravos que existem e gado e três moradas, casas nesta Vila. Declaro que a minha vontade é que seja tutor dos meus filhos o meu primeiro testamenteiro e para tal fim o nomeio. Por esta forma tenho concluído meu testamento de última vontade, desejando se cumpra como se contém e que assino pedido escrito pelo Vigário Antônio José da Silva, assinado por mim aos vinte e seis de outubro de um mil e oitocentos e quarenta e nove.

quinta-feira, 20 de março de 2008

domingo, 9 de dezembro de 2007

O CAPITÃO DOMINGOS INSTALANDO A CÂMARA MUNICIPAL DE UBERABA-MG

Ata da Instalação do Município de Uberaba-MG

"Ano do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil oitocentos e trinta e sete, décimo sexto da Independência, e do Império, aos sete dias do mês de janeiro do dito ano, neste Arraial de Santo Antônio e São Sebastião do Uberaba, Comarca do Rio Paracatu do Príncipe, Província de Minas Gerais, em Nova Casa, construída pelos Cidadãos do Novo Termo para servir de Paço da Câmara que vai se instalar perante os novos vereadores que hão de formar, eleitos na forma da Lei. E em presença dos cidadãos que concorrerão a este Ato, leu, o Capitão Domingos da Silva e Oliveira, o Ofício da Câmara Municipal da Vila do Araxá, pelo qual o convidava como cidadão mais votado a prestar juramento para Presidente da nova Câmara; E declarando que o tinha feito, leu a Certidão do mesmo juramento prestado a 20 de dezembro de mil oitocentos e trinta e seis. Leu a Portaria da Presidência da Província de Minas Gerais, de vinte de julho do dito ano, que ordena a execução da Lei Mineira número 28, que elevou este Arraial a Vila e que lhe marcou seus limites".

Sobre a CÂMARA MUNICIPAL DE UBERABA-MG, a "CASA" do CAPITAO DOMINGOS:
NA ÉPOCA ANTIGA SE DIZIA CASA DE CÂMARA E CADEIA" :

O 1º prédio da Câmara Municipal de Uberaba foi construído pelo Capitão Domingos da Silva e Oliveira às custas da população, em 1836, e inaugurado, em 1837, para sediar o Governo Municipal.

No 1º prédio funcionaram as Sessões da Câmara, do Júri, Juntas Municipais, de qualificações e outras de caráter público. Reuniam-se no seu salão os Colégios Eleitorais, e todas as autoridades judiciárias nele davam suas audiências.

Em seu andar superior funcionava a Cadeia Pública.

O sobrado passou por várias reformas, preservando suas características, tais como: proporção, número de pavimentos, estruturas e decoração interna. As reformas datam de 1888, 1893, 1918, sendo o prédio atual reinaugurado em julho de 1920. O arquiteto Luís Dorça modificou a antiga forma das edificações portuguesas para um estilo mais moderno. A planta do prédio é de autoria do engenheiro e arquiteto, W. Brosenius. O construtor foi Santos Guido, que introduziu as ordens civis modernas.

domingo, 28 de outubro de 2007

O CAPITAO DOMINGOS DA SILVA E OLIVEIRA





Este blog dedica à preservação da História e da Memória do:
CAPITÃO-DE-ORDENANÇAS DOMINGOS DA SILVA E OLIVEIRA, de seus feitos e de seus familiares; e das localidades que eles ajudaram a construir e que tanto amaram.


Uma redação escolar:
Minha Família--- " Minha família é Silva e Oliveira, a família do Capitão Domingos. O Capitão Domingos morava na Fazenda da Conquista, no Triângulo Mineiro. O tio Eustáquio e o Capitão Domingos criaram Uberaba-MG. EU AMO O CAPITAO DOMINGOS. Quando eu morrer, quero morar, com o CAPITAO DOMINGOS, naquela grande Fazenda da Conquista, lá no Céu."


Da Câmara Municipal de Uberaba-MG sobre nomes de Ruas de Uberaba-MG:
O Capitão Domingos da Silva e Oliveira foi o primeiro que exerceu, neste Termo, o Cargo de Presidente da Câmara Municipal, em 1837. Sob sua administração gratuita e diligencia pessoal no agenciamento de donativos, construiu-se o actual edifício do Paço da Câmara Municipal desta povoação, onde até agora se celebram as Sessões da mesma Câmara, as do Jury, Collegios Eleitoraes; Nelle dão as audiências todas as auctoridades judiciárias. Além disto, foi, mais tarde, Juiz Municipal e exerceu outros cargos púbicos, com preponderância constante nos negócios comuns desta povoação, até o seu passamento em 1852. É justo que seu nome seja contemplado na denominação das ruas, especialmente na que lhe dava entrada vindo da sua Fazenda da Conquista, onde era sua residência mais activa; e esta, a que do Largo da Misericórdia vai para o Barro Preto, que se denominará:
Rua do CAPITAO DOMINGOS

NOTAS:
1- Naquela época não havia a divisão dos Governos em 3 poderes. Tudo se resolvia na CÂMARA MUNICIPAL.
2- O Largo da Misericórdia é agora a Praça Tomás Ulhoa, do Uberaba Tênis Clube.
3- O Córrego do Barro Preto é hoje a Avenida Grande Abadia.
4- A Fazenda da Conquista é hoje o Conjunto Vallim de Mello e as fazendas à margem da BR-050 até o Rio Conquista, para frente da Fazenda Tangará. Do Rio Conquista para frente até o Rio Grande ficavam as Fazendas do tio Joaquim da Silva e Oliveira.

Era a Fazenda da Conquista excelente pela fartura de nascentes de águas, e na sua divisa corria o Rio Conquista do qual Hildebrando Pontes disse " é um rio de águas correntes e margens povoadas de florestas, que vegetam em excelentes terras".



O Pai do CAPITAO DOMINGOS foi o Capitão de Ordenanças, aposentado como Sargento-Mor CAPITAO JOAO DA SILVA DE OLIVEIRA, nascido na Freguesia de São Miguel de OLIVEIRA DO DOURO, CONCELHO DE CINFAES, Distrito de Viseu, em janeiro de 1739, filho de Manoel da Silva Cardozo e Isabel Francisca, neto paterno de Manuel da Silva e Ana de Afonseca, neto materno de Manuel Jorge e Maria Francisca, veio para o Brasil, junto com outros fugitivos, logo depois do CASO TAVORA, ocorrido em 1758.

JOAO DA SILVA DE OLIVEIRA veio para o Brasil, com seu irmão LUIS DA SILVA CARDOSO, com O FREI LOURENÇO DO CARAÇA E MAIS ALGUNS SOBREVIVENTES DA TRAGEDIA DOS TAVORAS, PARENTES PROXIMOS OU EMPREGADOS DOS TAVORAS.

PASSARAM POR DIAMANTINA-MG, ANTIGO ARRAIAL DO TIJUCO, E COM O PADRINHO MATIAS DE TAVORA, SE FIXOU EM GLAURA, OURO PRETO-MG.


JOAO DA SILVA DE OLIVEIRA se fixou na FREGUESIA DE SANTO ANTONIO DA CASA BRANCA DO OURO PRETO, hoje chamada GLAURA que é, até hoje, Distrito de Ouro Preto-MG.
EM OURO PRETO, granjeou amizades influentes como o compadre José Alvares Maciel,( VINDO EM 1760 DA CIDADE QUE OS TÁVORAS MAIS RESIDIAM = VIANA DO CASTELO) homem mais poderoso de Ouro Preto e pai do inconfidente Maciel;

E JOAO DA SILVA DE OLIVEIRA também teve a amizade importante e foi cobrador de impostos a serviço de JOAO RODRIGUES DE MACEDO, seu vizinho de fazenda em Glaura-MG e seu futuro genro.
Sim o mesmo JOAO RODRIGUES DE MACEDO, homem mais rico das Minas Gerais, envolvido também na Inconfidência mineira.


O Capitão JOAO DA SILVA DE OLIVEIRA foi vereador 3 vezes em Ouro Preto, com folha corrida limpa, como atestou, em despacho, o Ouvidor da Capitania Doutor Tomás Antônio Gonzaga ( o inconfidente).

Em 1786 foi Vereador junto com o importante Dr. Claúdio Manoel da Costa (Inconfidente).
O Capitão JOAO DA SILVA DE OLIVEIRA foi o líder político de Glaura-MG por décadas com a PATENTE DE CAPITAO COMANDANTE DE ORDENANÇAS DA FREGUESIA DE CASA BRANCA (GLAURA).

Aposentou-se em 1798 sem ter sofrido nenhuma punição em 30 anos de serviço na Companhia de Ordenanças de Casa Branca do Ouro Preto (Glaura). Aposentou-se na patente de Sargento-Mor. Faleceu em agosto de 1802.

NOTAS:
1- Sim, ser vereador era muito importante na MINAS COLONIAL. Existiam, nas Minas, centenas de arraiais e freguesias, mas só 14 municípios (vilas), que eram enormes em território.

2-Além disto, Vereador Colonial tinha muito mais poder que vereadores de 2.006. Portanto era o CAPITAO JOAO DA SILVA DE OLIVEIRA era, em 1786, um dos apenas 42 vereadores em toda a Capitania de Minas Gerais (14 vilas, com 3 vereadores cada).

3- Ler o livro: DICIONARIO DE TERMOS E GENTES DE MINAS, de WALDEMAR DE ALMEIDA BARBOZA; e ver os sites abaixo:

www.culturamg.gov.br/arquivo/ativperm.html

http://www.descubraminas.com.br/destinosturisticos/hpg_pagina.asp?id_pagina=1897

4- Sim, extramente escaldados com o Caso dos Távoras, os SILVA E OLIVEIRA atravessaram, sem um arranhão, a INCONFIDÊNCIA MINEIRA. Mesmo sendo o CAPITAO JOAO DA SILVA DE OLIVEIRA, compadre de ALVARES MACIEL e do RODRIGUES DE MACEDO.

O CAPITAO JOAO DA SILVA DE OLIVEIRA TEVE 8 FILHOS, TODOS CULTOS , O QUE ERA RARO E SUPREENDENTE PARA A EPOCA.

E TODOS OS 8 FILHOS SE DESTACARAM PELA INTELIGENCIA, CULTURA, HONRADEZ E BONDADE. TENDO OS FILHOS HOMENS DESTREZA POLITICA E LIDERANÇA POLITICA.

Abaixo, os 8 filhos de JOAO DA SILVA DE OLIVEIRA:

1- SARGENTO-MOR ANTONIO EUSTÁQUIO DA SILVA E OLIVEIRA. Fundador e construtor da primeira casa de Uberaba-MG. Um homem culto como se prova com as centenas de cartas que ele mandou para o Governador de MG. Estas cartas estão no Arquivo Público Mineiro em BH-MG.

O CAPITAO DOMINGOS PASSOU DE DESEMBOQUE-MG PARA UBERABA-MG, EM PARTE PARA SUPRIR O VÁCUO POLÍTICO EM UBERABA SURGIDO COM A MORTE DO TIO EUSTÁQUIO EM 1827. O padrinho de batismo de Tio Eustáquio foi um Távora: o Padrinho Matias. Santo Eustáquio morreu queimado, portanto o nome Eustáquio lembra o martírio dos Távoras.

2- TENENTE JOAQUIM DA SILVA E OLIVEIRA:
Ganhou uma sesmaria em terras que hoje são de Uberaba-MG e Delta-MG, em 1800. Foi o segundo introdutor de gado na região. Construiu, na sesmaria, 3 grandes fazendas no tempo que terra não tinha valor. As fazendas ficavam à beira do Rio Grande, entre Delta-MG e o Distrito Industrial de Uberaba-MG.
Tio Joaquim morreu novo, em 1829, deixando as fazendas para tia Maria Violante cuidar; E deixou também vários filhos menores orfãos. Logo após sua morte e da morte do Tio Eustáquio, em fins dos anos 1820, o CAPITAO DOMINGOS resolveu passar para UBERABA-MG, para cuidar da família e de Uberaba-MG.
nota: Sesmaria eram matos que os Governadores das Capitanias davam para bravos que queriam plantar e colher sem ajuda do Governo.

3- CAPITAO-MOR DE TAMANDUÁ (ITAPECIRICA-MG) JOAO QUINTINO TEIXEIRA, Homem culto e bondoso, jovem vereador em Ouro Preto-MG em 1793, Líder político da Região de Itapecirica-MG e Formiga-MG, de grande prestígio, falecido em 1842. Veja mais sobre ele na página GENTE INESQUECÍVEL, neste site.

4- CAPITÃO GENERAL JOSÉ MANOEL DA SILVA OLIVEIRA: Nome dado em homenagem a seus avós. Herói sertanista. Homem culto, seu padrinho de batismo foi o político mais importante de Minas Colonial:- José Alvares Maciel. Grande conhecedor de mineralogia, influente no Governo de Minas e Goiás.
Existem estudos seus guardados no Instituto Histórico do Rio de Janeiro. Foi líder da Região do Desemboque (atual Triângulo Mineiro), na época que a região pertencia a Goiás. Faleceu assassinado em Traíras-GO, em 1814.
Tio José Manuel é tetra avô do Presidente Fernando Henrique Cardoso.

5- CAPITAO DOMINGOS DA SILVA E OLIVEIRA - nosso quinto-avô e ao qual este blog se dedica.

6- RITA DE ASSUNÇÃO E SILVA: Nascida em Casa Branca (Ouro Preto-MG) em 1776, casada em Ouro Preto-MG em 1798, com o Capitão Jerônimo Rodrigues da Silva Macedo. O Capitão Macedo era lavrador e filho do famoso inconfidente JOAO RODRIGUES DE MACEDO.
O Capitão JOAO DA SILVA E OLIVEIRA, pai de Rita, trabalhou para o João Rodrigues de Macedo, como cobrador de impostos. Tia Rita morava no Distrito das Cabeças, em Ouro Preto-MG.

7- LUIZA ALMERIA DA SILVA-: Faleceu em 1865, em Uberaba-MG, viúva do Capitão João do Vale Pereira. Foi mãe do importante Comendador José Bento do Vale. Este foi o 2º proprietário da Fazenda da Conquista, depois que os herdeiros do CAPITAO DOMINGOS a venderam.

8- ALFERES SILVESTRE DA SILVA E OLIVEIRA. Filho natural do CAPITAO JOAO DA SILVA E OLIVEIRA, com ANA MARIA DA SILVA, nascido em Santa Luzia do Sabará-MG, agricultor, trabalhou na construção da Matriz velha de Uberaba-MG, onde faleceu em 1885.


A mãe do CAPITAO DOMINGOS, nasceu, cresceu e morreu em Glaura (Ouro Preto-MG). Somos, portanto, antigos em Ouro Preto-MG.

Vovó Joanna Francisca de Paiva, ficou 16 anos viúva (de 1802 a 1818 quando faleceu). Só tia Rita vinha visitá-las. Viagens eram difíceis.

Seus companheiros de velhice foram seus fiéis escravos, um casal já velhinho, um preto véio como se dizia, sua mulher já velhinha também e uma escrava ainda moça.

Que saudade que ficou dos filhos que moravam tão longe e dos netos que nunca conheceu.

HOJE, NÓS NETOS DA VOVÓ JOANA, SOMOS NO MÍNIMO 20 MIL PESSOAS.



O CAPITAO DOMINGOS e o Reverendo Padre HERMOGENES CASIMIRO DE ARAUJO BRUNVINSK (Primo pelo lado materno do CAPITAO DOMINGOS) governaram com brilhantismo o Julgado do DESEMBOQUE-GO, que era todo o Sertão da Farinha Podre, depois chamado TRIANGULO MINEIRO.

Depois de 1816, a Farinha Podre passou a pertencer a MINAS GERAIS.
Hoje a região do Sertão da Farinha Podre é conhecida como Triângulo Mineiro.

Com a decadência do amado DESEMBOQUE-MG, que deixou de ser Cabeça de Julgado, em 1834, onde o CAPITAO DOMINGOS fora JUIZ;

E com a morte, em 1829, do Tio Joaquim da Silva e Oliveira, deixando a viúva, Tia Maria Vitória com filhos menores para cuidar de grande quantidade de terras;

E com, na mesma época, em 1827, a morte do Tio Eustáquio, deixando um vazio político em UBERABA-MG:
Então, o CAPITAO DOMINGOS resolve passar, em 1832, para UBERABA-MG.

SIM, O CAPITAO DOMINGOS RUMOU PARA UBERABA-MG, COM SUA SEGUNDA JOVEM ESPOSA, NOSSA AMADA AVÓ FRANCISCA DE SALLES GOMIDES, LEVANDO ELA, NO COLO, em 1832, O FILHO JOAO (NOSSO AVÔ) E NO VENTRE, A FILHA TEREZA (NOSSA AVÓ).

SIM, AS ESPERANÇAS NAO MORRIAM, ELES IAM SEMPRE PARA MAIS A OESTE A BUSCA DE UMA VIDA MELHOR E PARA CONSTRUIREM O BRASIL.


O CAPITAO DOMINGOS FOI CASADO, NA PRIMEIRA VEZ, COM A SUA PRIMA RITA CONSTANCIA CARDOZA que morreu logo após o parto do Tio Luis.

O CAPITAO DOMINGOS CASOU-SE, EM SEGUNGAS NUPCIAS, COM NOSSA AVÓ FRANCISCA DE SALES GOMIDES que, assim como Rita Constância, também morreu jovem, em 1848, em Uberaba-MG.

Vovó Francisca de Sales morreu na Fazenda da Conquista em Uberaba-MG em 1848, deixando o CAPITAO DOMINGOS, idoso e viúvo.

Faleceu o CAPITAO DOMINGOS em 1852, cercado de todos os filhos e usando roupa estilo Luís XIV, na Fazenda da Conquista em Uberaba-MG.

A Fazenda da Conquista foi comprada dos herdeiros, pelo Borges Sampaio que a repassou para o sobrinho do CAPITAO DOMINGOS, o Comendador JOSE BENTO DO VALE, que a vendeu para o ANTONIO VALLIM DE MELLO, que a rebatizou de Fazenda Santa Maria.

os 14 filhos do CAPITAO DOMINGOS são os seguintes:

Do 1º casamento:
1- Francisco da Silva e Oliveira.
2- José Alexandre da Silva e Oliveira.
3- Rita de Cássia e Oliveira.
4- Maria dos Reis e Oliveira.
5- Luís da Silva e Oliveira.
Todos ficaram órfãos crianças quando a Rita Constância Cardoza faleceu no parto do tio Luís da Silva e Oliveira, em 1821, em Desemboque-MG.

Do 2º casamento:
6- Cândido da Silva e Oliveira.
7- João da Silva e Oliveira, nascidos em Desemboque-MG.

E os seguintes nascidos em Uberaba-MG:

8- Tereza Euzébia da Silva e Oliveira.
9- Sinhorinha Cândida da Silva e Oliveira.
10- Domingos da Silva e Oliveira (mingote).
11- José Joaquim da Silva e Oliveira.
12- Franscisco Gualberto da Silva e Oliveira.
13- Maria Rita Gomides de Oliveira.

O CAPITAO DOMINGOS também teve um filho natural com Maria do Carmo Pacheco: o tio Antônio Cesário da Silva e Oliveira.

Todos ficaram órfãos crianças quando a Vovó Francisca de Salles Gomides faleceu em 1848.


Vamos ler agora sobre a filha do CAPITAO DOMINGOS chamada: Tereza Euzébia da Silva de Oliveira;

TEREZA EUZEBIA, filha do CAPITAO DOMINGOS e é bisavó de ESMERALDA DE MELO LIMA, que foi casada com o AMINTHAS EUDORO DE CASTRO (Dóro).

Eh!! Vovó Tereza Euzébia da Silva e Oliveira, uberabense de 14 de agosto 1833, primeira filha do CAPITAO DOMINGOS a nascer em Uberaba-MG.

Uma santa. Baixinha, um toquinho de gente. Rezava tanto terço que uma vez lhe perguntaram o que eram tantos risquinhos na parede do quarto e ela respondeu que eram os rosários que ela tinha rezado.

Ela, como os irmãos, perdeu a mãe cedo.

Casou-se, em 30 de novembro de 1848, com o Vovô Cunha: JOSÉ DA CUNHA PEIXOTO LEAL, português do Porto, nascido em 18 de janeiro de 1829. Médico Prático auto-didata, ganhou um sobrado de presente por curar uma mulher.






Ali viveram quase até o final da vida, na rua Major Eustáquio, esquina com a Rua São Sebastião, perto da chácara da filha, a Vovó Chiquinha, casada com o Joaquim Ignácio de Souza Lima, português vinhateiro.

Nos últimos anos de vida, de 1913 a 1917, Vovô Cunha e Vovó Tereza tiveram que se mudar para uma casinha na mesma rua do Major Eustachio.


Para baixo do sobradão do Vovô Cunha, a menina Esmeralda, bisneta de Vovó Tereza, tinha medo de passar. Era o sinistro Beco da Maçonaria.

o Beco da Maçonaria é hoje o trecho da Rua Major Eustáquio que fica entra as ruas São Sebastião e Manoel Borges em Uberaba-MG.


Certa feita, Vovô Cunha viu Vovó Tereza com um homem muito bonito e apessoado, e, enciumado, começou a perguntar, várias vezes e insistindo, no seu sotaque:
- Tereza! Quem era aquele homem com quem falavas?
- Ora, Cunha , é o José Joaquim, seu neto...
- Não era não!!


Vovô Cunha, certa vez, foi parar na polícia por soltar fogos em demasia, mas foi muito estudioso, auto-didata com seus livros em francês e médico de renome, no tempo em que a palavra CHARLATÃO era uma palavra positiva.
Morreram velhinhos, em 1917, um foi e logo veio buscar o outro. Vovó Tereza e Vovô Cunha.


Vovô Cunha e Vovó Tereza tiveram um filho farmacêutico: José Joaquim; um Padre: Francisco; outro que desapareceu: Tio Romão, talvez em Ituverava-MG; uma que morreu de tuberculose (tia Melica), e tiveram a Francisca Alvina da Cunha , conhecida como Vovó Chiquinha.

Vovó Chiquinha é avó de Esmeralda de Mello Lima.

AMAMOS o VOVÔ CUNHA e a VOVÓ TEREZA.

Sobre Francisca Alvina da Cunha, neta do CAPITÃO DOMINGOS e filha da Vovó Tereza Eusébia, leia abaixo:

Vovó Franscisca Alvina se casou com o português JOAQUIM IGNÁCIO DE SOUZA LIMA, abaixo descrito:

JOAQUIM IGNACIO DE SOUZA LIMA nasceu em 25 de setembro de 1835, no Conselho de Ponte de Lima, Portugal.

VEIO PARA O BRASIL AINDA JOVEM, PASSOU POR CAMPINAS E SE ESTABELECEU EM UBERABA, COMO COMERCIANTE E VINHATEIRO.

DA CÂMARA MUNICIPAL DE UBERABA -MG SOBRE OS NOMES DAS RUAS:

""""""""JOAQUIM IGNACIO DE SOUZA LIMA é um agricultor que nesta povoação dedicou-se à industria vinhateira, a unica neste genero, na propriedade em que reside á rua do Major Eustachio. Actualmente tem mais de sete mil pés de parreiras, colhendo dellas cerca de quatro mil litros de vinho. Tão especial industria merece ser memorada, dando-se á travessa que lhe fica em frente á morada, a denominação :

TRAVESSA DO JOAQUIM IGNACIO """""""""""

Nota: (hoje chamada TRAVASSA CORONEL JOSE FERREIRA, no centro de Uberaba-MG).


JOAQUIM IGNACIO DE SOUZA LIMA casou-se três vezes na FAMILIA SILVA E OLIVEIRA.

1-º VEZ - com tia Rita, filha do Capitão Domingos,

2- º VEZ - com a sobrinha do Capitão Domingos, filha de tia Violante e Tio Joaquim, e que tinha o HONROSO NOME de JOANNA FRANCISCA DE PAIVA, de sua avó.

Eles compraram dos filhos do Padre Antônio, na rua deste nome, hoje Rua Major Eustáquio, uma chácara onde eles plantaram vinho e ele foi o grande vinhateiro da região.

Tinha até uma travessa que, saindo da Rua Azagaia (hoje Tristão de Castro) ia dar em frente a sua casa, no número 100 da Rua do Padre Antônio, e que se chamava travessa do Joaquim Ignácio, hoje Travessa Coronel José Ferreira.

Ficou viúvo de novo e casou:

3º Vez: com a viúva FRANCISCA ALVINA DA CUNHA CAMPOS, conhecida como VOVÓ CHIQUINHA, filha de TEREZA EUZEBIA DA SILVA OLIVEIRA, que é filha do CAPITAO DOMINGOS.

Vovó Chiquinha era viúva de João Modesto do Santos com o qual teve o tio Afonso Modesto dos Santos, cuja família vive em Uberaba-MG.

JOAQUIM IGNACIO e VOVÓ CHIQUINHA casaram-se em 12 de outubro de 1883, em Uberaba-MG.

Vovó Chiquinha era viúva de João Modesto dos Santos, com quem teve o Tio Afonso.

Vovó Chiquinha e Joaquim Ignácio tiveram os filhos: Tio Estevão e o José Joaquim de Lima que é nosso avô.

No final da vida, deu uma doença na vinha do JOAQUIM IGNACIO, e ele perdeu tudo e passou por causas de uma doença, 7 anos bebendo só leite.

Quando estava para morrer, JOAQUIM IGNÁICO disse que ninguém ia ver ele morrer e que iria morrer nos braços de JESUS, MARIA E JOSÉ.

Certo dia, o primo MANECO TERRA, filho de Tia Senhorinha da Silva e Oliveira Terra, foi visitá-lo. Ele estava de cama.

Primo Maneco acabara de sair do quarto, empregada entrou e ele estava com as duas mãos juntas no rosto, deitado de lado, sorrindo como se estivesse dormindo tranquilamente. Era o dia 21 de setembro de 1913.

Vovó Chiquinha, viúva de novo, então começou a alugar quartos daquela casa grande, e morreu em 1927.

Tio Romão tinha sumido, os pais de vovó Chiquinha, que eram Vovô Cunha e Vovó Tereza terminaram junto a vida, ali pertinho morando em uma casinha, na Major Eustáquio, em Uberaba-MG.

Não sabemos nada dos descendentes do filho natural que o Joaquim Ignácio teve. Vovó Chiquinha por pouco quase a conheceu, era de Goiás.

Não sabemos de descendentes do Tio Estevão.


VOVÓ CHIQUINHA E VOVÔ JOAQUIM INÁCIO SÃO OS PAIS DE:

JOSE JOAQUIM DE LIMA que nasceu em UBERABA-MG, em 16 de agosto de 1884, e casou-se, em 10 de junho de 1902, com Eulina Augusta de Melo (SOLINA) e teve 13 filhos. Casaram-se no dia do aniversário de Eulina( chamada de Solina), nascida em Franca-SP.

Eulina herdou uma parte da Fazenda Santa Maria (antiga Fazenda da Conquista do Capitão Domingos) que pertencia a seu pai Antônio Valim de Melo. A parte que Eulina herdou chamava-se Sucuri, e fica, do lado direito de quem vai de UBERABA-MG para São Paulo, pela BR-050.

Moraram um ano em Uberlândia-MG. Eulina estudou no Colégio Nossa Senhora das Dores.

Faleceram na residência deles na Rua Barão da Ponte Alta, no Bairro da Abadia em Uberaba-MG. José Joaquim faleceu em 18 de janeiro de 1950 e Eulina faleceu em 20 de março de 1953.

Um dos treze filhos de JOSÉ JOAQUIM DE LIMA E EULINA AUGUSTA DE MELO foi ESMERALDA DE MELLO LIMA, nascida em 25 de maio de 1905


ESMERALDA DE MELLO LIMA foi casada com seu primo em 5º grau AMINTAS EUDORO DE CASTRO, o DÓRO, nascido em 05 de outubro de 1901.

Sim: Dóro também é trineto do Capitão Domingos.

Dóro e Esmeralda se casaram em Uberaba-MG em 12 de outubro de 1924.

Dóro viajava e vendia tourinhos, herdou parte da Fazenda Santo Inácio, em Conceição das Alagoas-MG, de seu pai, o Boiadeiro ANTONIO CARRILHO DE CASTRO.

Dóro e Esmeralda foram os pais de:

José de Castro ( Zé do Dóro)
Antônio Carrilho de Castro Neto (Tonéco)
Roberto Carrilho de Castro ( Betão)
Tereza de Castro Figueiredo
Luciana de Castro Silveira e
Suzana de Castro Ferreira.

Dóro e Esmeralda faleceram em Uberaba-MG, ele em 29 de março de 1975 e ela em 11 de janeiro de 1996.

EM RESUMO: JOAO DA SILVA DE OLIVEIRA foi pai do CAPITAO DOMINGOS
Capitão Domingos foi o pai de Tereza Euzébia
TEREZA EUZEBIA foi mãe de FRANCISCA ALVINA
Francisca Alvina foi mãe de José Joaquim de Lima
JOSÉ JOAQUIM DE LIMA foi o pai de ESMERALDA


Como Amintas Eudóro também é trineto do Capitão Domingos, vamos ver agora a ligação do Capitão Domingos com o Amintas Eudóro, marido de Esmeralda:

JOÃO DA SILVA E OLIVEIRA: filho do CAPITAO DOMINGOS e irmão da Vovó TEREZA:
AMAMOS VOVÔ JOAO DA SILVA E OLIVEIRA.

Homem culto, último filho do CAPITAO DOMINGOS a nascer no Desemboque-MG, e veio no colo de sua mãe Francisca, quando o CAPITAO DOMINGOS passou com a família de Desemboque-MG para UBERABA-MG.

Casou-se com uma jovem maravilhosa vinda de da Freguesia do Curral Del Rey, hoje Belo Horizonte-MG, nascida em 1838, da honrada família SILVA DINIZ.

VOVÓ DADÁIA tinha 14 aninhos quando se casou com Vovô JOAO DA SILVA E OLIVEIRA, em 1853.

Foi comerciante, e pioneiro do jornalismo em UBERABA-MG, com o jornal manuscrito "O SUSPIRO".

JOAO DA SILVA E OLIVEIRA faleceu jovem, em 1888, em Uberaba-MG, de tristeza.
Sim, 10 dias depois que sua única filha mulher, RITA DO ESPIRITO SANTO E OLIVEIRA, morreu.

Sim: Tia Rita, logo depois de sair do altar do seu casamento, teve um ataque e morreu. Foi enterrada com o hábito das virgens, sendo que o noivo depois desistiu do seu DOTE.

Sim, tia Rita morreu em Uberaba-MG, em 23 de junho de 1888, e o JOAO DA SILVA E OLIVEIRA, faleceu, também em Uberaba-MG, em 03 de julho de 1.888.

AMAMOS ESSE NOSSO AVÔ.
AMAMOS A VOVÓ DADÁIA.

Amamos tia Rita, Rezamos para tia Rita.

A VOVÓ DADÁIA VIVEU 24 ANOS VIUVA.

SUA CASA ERA NA RUA VIGÁRIO SILVA ESQUINA COM A RUA CARLOS RODRIGUES DA CUNHA EM UBERABA-MG. (PARA QUEM SOBE A CARLOS RODRIGUES FICA A ESQUERDA, segunda casa).

PASSANDO O CORREGO, HOJE AVENIDA GUILHERME FERREIRA, NA RUA DO CARMO, VIVIA SUA QUASE CENTENARIA MAE: CANDIDA BALBINA DE ALQUIMIM.


UMA OCASIAO, UM MEDICO VIZINHO, CHEGOU APRESSADO E DISSE:
- "Dona Assidália!, Mecê poderia me emprestar sua neta (MAETINHA) pra modes de ela BRINCAR com a minha mulher!?"
Outra: O seu bisneto Dóro, gostava de deitar na cama e ficar pedindo para a Vóvó DADAIA lhe trazer água, mais isto, mais aquilo.

O neto Tonico e os outros netos gostavam de visitá-la para ganhar doces e a bisneta Dalva gostava de mostrar para todos os sobrinhos onde fora a casa da Vovó Dadáia, na rua Vigário Silva, em Uberaba-MG.

AMAMOS A VOVÓ DADÁIA.

VOVÔ JOAO DA SILVA E OLIVEIRA e VOVÓ DADÁIA, além de Tia Rita, tiveram também de filho o Vovô TENENTE-CORONEL JOAO DE AQUINO DA SILVA E OLIVEIRA.

JOAO DE AQUINO foi grande prócer político em Uberaba-MG, onde nasceu em 07 de março de 1856.

Foi sócio fundador do Clube Lavoura e Comércio que editava o famoso jornal Lavoura e Comércio . Teve uma fazenda no distrito da Baixa, e uma nos Carneiros que ficava ao lado de onde é hoje o Matadouro de Uberaba-MG.

Foi negociante, boiadeiro, e teve um comércio e foi diretor proprietário do JORNAL DE UBERABA, em 1889, seguindo a tradição de seu pai.

Casou-se, em 1874, com Elisa Cândida da Silveira Castro, irmã do Boiadeiro Antônio Carrilho de Castro Filho (TOTONHO CARRILHO).

João de Aquino da Silva e Oliveira faleceu, de repente, em viagem, quando atravessava à cavalo, o Rio Açoita-Cavalo, em Iturama-MG, no triângulo mineiro, em 29 de abril de 1907.

JOAO DE AQUINO teve, de filhos com Vovó Elisa:
Maria Teodora (mãetinha), João, Natalia, Honorato, Nabor, Dondona, Zazinha e Tonico.
(Mãetinha foi casada com o irmão de sua mãe Elisa: O BOIADEIRO TOTONHO CARRILHO).

Teve uma filha natural, a querida Tia Augusta, que deu origem a família Palhares.

Teve um filho natural, o querido TIO JOAO DE AQUINO DA FERROVIARIA, nascido em 1907, e falecido com mais de 90 anos, que conheci.

Grande tio, técnico de futebol. Viu o grande Domingos da Guia jogar.
Viu os 18 do forte em 1922 no RJ. Grande médium. Grande escritor: João de Aquino da Ferroviária colocava, já com 92 anos, suas gravações sobre Maria Madalena para escutarmos.

Outro filho maravilhoso do vovô JOAO DE AQUINO foi o Tio Tonico.
Ele inventava estórias divertidas, que contava até seus últimos dias, com mais de 90 anos.
Muito melhor em humor que a maioria dos que fizeram televisão no Brasil.
Antônio de Oliveira, casado com Perpétua Crisóstomo, foi um autêntico artista popular.

Vamos ver agora a história de MARIA TEODORA DE CASTRO, filha de JOÃO DE AQUINO DA SILVA E OLIVEIRA, neta de JOAO DA SILVA DE OLIVEIRA e bisneta do CAPITAO DOMINGOS.

MARIA TEODORA DE CASTRO foi conhecida como DONA MARIQUINHAS, tia SENQUINHA e MÃETINHA.
Foi casada com o boiadeiro ANTONIO CARRILHO DE CASTRO FILHO.

O BOIADEIRO ANTONIO CARRILHO DE CASTRO FILHO ( PADRINHO TOTONHO - sim, os avôs eram chamados de padrinho e as avós de madrinha) nasceu em 1855, Não quebrou a tradição dos BERNARDES DA SILVEIRA e, como sua irmã, casou na família com uma sobrinha, filha de Elisa Cândida e neta do Alferes Carrilho.

Sua sobrinha nasceu em 1876, QUANDO TOTONHO TINHA 21 ANOS.
Sim, Totonho prometeu que esperaria a sobrinha crescer para se casar com ela. O que ocorreu em 1892.

MARIA TEODORA DE CASTRO, FILHA DE JOAO DE AQUINO E ELIZA CÂNDIDA, neta pela parte paterna de JOAO DA SILVA E OLIVEIRA, BISNETA DO CAPITAO DOMINGOS.

As estórias de escravo que ela contava.....O escravo que sempre sumia e voltava. e, uma dia, o acharam, ajoelhado e rezando em uma capelinha, literalmente flutuando, em transe, e que logo depois faleceu.

Levar boiada em viagens que duravam meses, do pantanal até o Frigorífico Santa Cruz no Rio de Janeiro. Chegar no Rio De Janeiro, Capital do Império e ficarem os boiadeiros nas mãos dos atravessadores, pois a Fazenda Santa Cruz do Governo não tinha como comprar tantas boiadas de um vez. Então! Que fazer? Irem todos parar no Palácio e reclamar para o Imperador. (Eu tenho um documento dos boiadeiros - que colocarei no site - que prova isso).

E Na volta, trazer dinheiro e correr riscos? Não! Trazer mercadorias para vender no Comércio e Residência, que o Boiadeiro PADRINHO TOTONHO tinha na esquina do Largo da Misericórdia (Hoje Praça Dom Tomás Ulhoa- do UBERABA TENIS CLUBE), com o Começo da Rua Capitão Domingos. Do outro lado da Rua morava sua mãe D. Maria Bernardes e também vizinhos o Capitão Formiga e por algum tempo seu irmão o Tio Polydoro. Bons tempos aqueles da Uberaba da Festa da Abadia, das muitas e muitas vendas, do vinho do Vinhateiro Joaquim Ignácio.

Era um dos homens mais ricos, respeitado, trabalhador, honrado de UBERABA. Morou um ano em Santana do Paranaíba-MS: Viagem demorada de Uberaba até Paranaíba - Um mês de Carro de Boi - Com Vovó Mariquinhas levando a tia Agripina no colo.

-----O DESASTRE.......... por volta de 1.905, O Boiadeiro PADRINHO TOTONHO resolveu trazer gado de Goiás (Antes ele só trazia gado do pantanal matogrossense). ........Febre aftosa..
Conta o Dr. Fidélis Reis, que foi ver a boiada morta na entrada de Uberaba, que dava dó.
Os capitalistas de Uberaba disseram ao Padrinho que ele poderia pegar outros empréstimos, vender boiadas e pagar a dívida... Não, ele preferiu pagar todos, e ficar só com um sítio - a Ressaca comprada em 1909 e nunca mais tocar boiadas.

Sim, capitalistas, não tinha Banco - eram os capitalistas que emprestavam dinheiro.
Na Fazenda da Ressaca houve a história da mulher que aparecia falando de um tesouro enterrado, fica na Baixa, perto do Rio Grande, e formava muitas possas de água onde o gado atolava.

Vendeu a Fazenda da Ressaca e comprou em 1924 a Fazenda Santo Ignácio no Garimpo das Alagoas. (hoje Município de Conceição das Alagoas-MG), vizinho de Uberaba-MG, onde morou seus últimos anos. Fazenda de 140 alqueires mineiros e que partes dela ainda está com a Família até 2.006.

O BOIADEIRO TOTONHO CARRILHO teve 7 filhos:
1-Agripina,
2- Padrinho Levindo,
3- Dóro, (Amintas Eudoro de Castro), casado com sua prima em 5º grau ESMERALDA DE MELLO LIMA. Sim ESMERALDA também é trineta do Capitão Domingos.
Dóro viajava e vendia tourinhos.
E POR DÓRO CHEGAMOS NOVAMENTE A ESMERALDA, filha de José Joaquim, neta de Francisca Alvina, bisneta de Tereza Euzébia e trineta do CAPITAO DOMINGOS.

4-Dinorá,
5- Cidália (Esse nome foi uma justa homenagem a avó da esposa do BOIADEIRO (Mariquinhas), chamada Maria Assidália, (a avó DADÁIA).
DADAIA foi esposa do João da Silva e Oliveira , filho do Capitão Domingos. CIDALIA A ÚNICA filha do Boidadeiro Totonho e de Mariquinhas AINDA VIVA EM 2007 ,COM 10 FILHOS,
6- Dalva
7- Cleonice.

O BOIADEIRO, em 1933, caiu de cama gripado e disse:
- "Peguei febre amarela (RIO), maleita (malária- Mato Grosso), gripe espanhola (1918) e vivi; - Mas agora uma simples gripe vai me matar; daqui a 8 dias eu vou morrer".

Ele sabia uma reza que curava mordida de cobra que ensinou para Doro e Levindo, que só podiam benzer depois que ele morresse e muitos acudiam ao Santo Ignácio para se curar...e hoje há neto que benze....mas precisa fé............
E uma de dor de cabeça.........essa....

O seu filho Dóro teve remorso de não dar um cigarro de palha que o Boiadeiro pediu para ele fazer...... Dóro achou, bem intencionado, que fumar poderia prejudicar o querido pai Boiadeiro.

AMEMOS SEMPRE ESSE HERÓI.... PADRINHO TOTONHO.